A presidenta Dilma Rousseff larga na corrida para sua sucessão com um eleitorado espontâneo três vezes maior do que a soma de todos os seus adversários. Segundo pesquisa nacional do Ibope feita em parceria com o jornal o Estado de S. Paulo, ela alcança maioria absoluta em todas as simulações de primeiro turno testadas e é a única entre os presidenciáveis com potencial de voto positivo: tem mais eleitores que admitem votar nela do que os que rejeitam a essa hipótese.
Nunca houve uma candidata como Dilma - nem um candidato - na redemocratização. Desde 1989, nenhum presidenciável alcançou, a um ano e meio da eleição, 35% de intenção de voto espontânea - pesquisa na qual o eleitor diz em quem pretende votar sem que o entrevistador mostre ou diga nomes de candidatos.
Quando foram reeleitos, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) só chegaram a essa taxa após a propaganda eleitoral na TV. Em março de 2006, a seis meses de se reeleger, Lula tinha 27% na pesquisa espontânea Em julho de 1998, três meses antes de sua reeleição, Fernando Henrique marcava 25% nesse tipo de pergunta.
Dilma é a candidata à reeleição mais precocemente bem-sucedida entre todos os presidentes brasileiros: suas aparições na TV, anunciando cortes de impostos e tarifas, lhe renderam nove pontos a mais na pesquisa espontânea desde novembro do ano passado. Ela pulou de 26% para 35% em quatro meses. O fato é tão inédito que não há parâmetro histórico para saber se o fenômeno é duradouro.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário